Toxicidade Animal e Ambiental
Pesquisas intensivas realizadas nas últimas décadas confirmaram a omnipresença global do diclofenac em vários compartimentos ambientais. A sua ocorrência frequente em ambientes de água doce e a sua potencial toxicidade para vários organismos, como peixes e mexilhões, fazem deste um contaminante ambiental emergente.
Em concentrações ambientais detetadas tipicamente, o diclofenac não exibe efeitos tóxicos para organismos vivos, embora a exposição crónica possa levar a efeitos severos.
Cerca de 30 a 70% de remoção do diclofenac é obtida através do sistema de tratamento convencional na estação de tratamento de águas residuais (ETARs). Quando o fármaco não é submetido a tratamento, este passa para a superfície da água, onde interage com outros contaminantes como metais, contaminantes orgânicos e até mesmo com os próprios metabolitos. Esse processo pode levar à criação de outros possíveis contaminantes emergentes. [1]
Referências bibliográficas:
[1] Lonappan et al. (2016). Diclofenac and its transformation products: environmental occurrence and toxicity-a review. Environment international, 96, 127-138.